A construção do conceito de
números começa muito antes do início de vida escolar da criança. Suas relações
cotidianas já contemplam situações que envolvem seriação, classificação, etc.
O ensino da matemática nos
anos iniciais da alfabetização das crianças funciona como base para uma
formação sólida e de qualidade no futuro. E para que o processo de
ensino-aprendizagem seja de maneira precisa e harmoniosa é de extrema
importância que professor e aluno tenham um bom relacionamento e que esse
processo seja prazeroso em um ambiente descontraído.
Uma ferramenta fundamental,
podendo ser considerada base do ensino da matemática é o jogo. É através do
jogo que instigamos a criança a ter prazer e satisfação pelo raciocínio
matemático. O jogo desenvolve o raciocínio lógico, o pensamento independente, como
também a capacidade de resolver problemas.
Segundo
Vygotsky (1998), o brinquedo estimula a curiosidade proporcionando
desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. Em
outras palavras, o brinquedo representa um objeto que de forma lúdica traz
consigo o aprendizado, este podendo englobar as questões referentes ao
desenvolvimento de distintas áreas do conhecimento, tais como a linguagem ou a
matemática.
O professor conta com um
papel fundamental no processo de desenvolvimento do aluno. A principal
intervenção que este Educador deve fazer para uma criança que está no processo
inicial da construção do conceito matemático é a problematização, pois ela
auxilia para a construção do conhecimento. O professor deve evitar dizer a
resposta pronta ao aluno, dizer como determinada situação problema deve ser
feita. O professor deve questionar como os alunos chegaram ao resultado do
problema, ou até no resultado de determinado jogo. Os resultados devem ser
discutidos entre os alunos, durante uma roda de conversa, por exemplo.
Os jogos contemplam o
aprendizado dos numerais, as quatro operações matemáticas, figuras geométricas,
relação entre grandezas e quantidades etc. Um exemplo que podemos citar é o
jogo "Some 10", que consiste em cartas numeradas de 0 a 9. O jogo
deve ser jogado preferencialmente em duplas e cada jogador deve ter três cartas
na mão e serão depositadas quatro cartas ao centro da mesa. Em sua vez, o
jogador deve juntar uma de suas cartas para somar 10 com a carta já existente
na mesa. O vencedor do jogo será aquele que tiver a maior quantidade de cartas
que formaram o número 10.
As crianças enquanto jogam
pensam em quais estratégias deverão ser utilizadas para resolver o jogo. Após a
finalização do jogo, o professor deve questionar os alunos quais estratégias
utilizadas por elas e quais elas acreditam ser a estratégia mais eficiente para
aquela situação. E é neste ambiente que os alunos irão se deparar com formas de
pensar diferentes, mas que convergem para mesmo resultado. É importante que
ocorra essa troca e comparação de estratégias, pois também se torna possível o
aprendizado mútuo.
Em síntese, defende-se que através
de intervenções bem elaboradas do professor é possível então que este consiga assessorar
seu aluno a fim dele conseguir obter um avanço significativo, sem ter de passar
por uma metodologia tradicional, pois o aluno através do intermédio do
professor estará aprendendo novos conteúdos de forma prazerosa, lúdica e
inovadora.
Referencias:
Vygotsky, L.S. A formação social da mente. São Paulo:
Livraria Martins Fontes, 1998.
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